O relatório ONG britânica Oxfam divulgado nesta segunda-feira caiu como uma bomba no Brasil, mas apesar da grande repercussão, quem aqui não sabe que o Brasil é um país desigual?
O espanto foi que relatório apontou que os ultrarricos do Brasil continuam aumentando sua distância em relação aos mais pobres. OU seja, a concentração de renda aumentou no ano de 2017.
O relatório será apresentado durante o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), que se reúne em Davos, na Suíça, a partir desta terça-feira. Ele aponta que o Brasil ganhou 12 novos bilionários (considerando o patrimônio em R$) no ano passado, e conta agora com 43 desses ultrarricos. Os afortunados tiveram um crescimento de 13% em suas riquezas e somou R$ 549 bilhões. Logo, o espanto é que não apenas aumentou a concentração, mas gerou mais pessoas que passaram ao andar de cima, como bilionários.
Mas tudo isto tem um custo, a pobreza no Brasil aumentou e seis destes Brasileiros concentram a metade da renda da população nacional.
Segundo Katia Maia, diretora executiva da Oxfam e e coordenadora da pesquisa, o Brasil chegou a avançar rumo à correção da desigualdade nos últimos anos, por meio de programas sociais como o Bolsa Família, mas ainda está longe de conseguir diminuir a desigualdade.

O estudo aponta também que não foi só no Brasil que surgiram novos ricos. Nos últimos 12 meses, o patrimônio deles aumentou em US$ 762 bilhões. A questão é que com menos de 1/7 dessa quantia, já daria para acabar com a pobreza extrema em todo o mundo.
O Relatório da Oxfam, logicamente, foi contestado pelos economistas brasileiros, eles argumentam que não há dados precisos para que se pudesse dimensionar a riqueza de alguém; entretanto, se realmente é difícil medir a riqueza, para mensurar a pobreza, basta sair às ruas, basta olhar pro lado, para as cercanias das grandes vias, para os barracos em baixo das pontes, ou ir ao mercado. A pobreza no Brasil tem cara, tem lugar, tem cor e tem sex, porque o Estudo também mostrou que os
5% mais ricos detêm mesma fatia de renda que outros 95% e que as Mulheres ganharão como homens só em 2047, e os negros como os brancos em 2089!
Segundo o jornal El país, no ano de , o Brasil despencou 19 posições no ranking de desigualdade social da ONU, figurando entre os 10 mais desiguais do mundo. Na América Latina, só fica atrás da Colômbia e de Honduras. Para alcançar o nível de desigualdade da Argentina, por exemplo, o Brasil levaria 31 anos. Onze anos para alcançar o México, 35 o Uruguai e três o Chile.
Parece que o bater de panelas dos argentinos nos anos 90 foi por uma causa justa, muito diferente do que ocorreu no ano passado que só serviu para empobrecer mais gente e aumentar a desigualdade social.
By JCM
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