Os cientistas têm cada vez mais voltado suas atenções para um importante hormônio produzido pelo Hipotálamo, a Ocitocina ou Oxitocina. No inicio de suas pesquisas, os cientistas achavam que este hormônio era importante apenas para promover as contrações musculares uterinas; reduzir o sangramento durante o parto; estimular a liberação do leite materno, e produzir o prazer do orgasmo e só. Porém, novas pesquisas, pelo menos nestes últimos 10 anos tem revelado uma faceta relevante entre a oxitocina e os relacionamentos interpessoais.
A análise sobre a importância da oxitocina também tem recebido atenção da História. Recentemente o historiador Yuval N. Harari da Universidade de Israel, no livro Sapiens Uma Breve História da Humanidade chamou a atenção para oxitocina como o principal hormônio responsável pela ligação entre a mãe e o seu bebê (em todos os mamíferos). Cientistas têm descoberto a este respeito que a transmissão deste hormônio é fundamental não apenas para o fortalecimento dos laços maternais, mas para o desenvolvimento cognitivo e emocional dos humanos e que por outro lado, a falta deste hormônio seja através do aleitamento, ou de outras formas de estimulo produzem pessoas menos compassivas, mais egoístas e extremamente violentas. Apronta-se aí um dos motivos para termos vivenciado uma sociedade tão violenta uma vez o distanciamento entre mães e filhos em virtude das imposições do mundo pós-moderno tem gerado filhos cada vez mais distantes das realidades sociais.
Em outras palavras, o que temos vivido nos últimos tempos é a falta de empatia, que por sua vez, significa tanto ” capacidade de compreender emocionalmente o outro” como a “possibilidade de se colocar no lugar do outro”. Tudo isto tem feito aumentar o abismo social em que vivemos. Não seria este o caso do Brasil? um dos países mais violentos do mundo, perdendo apenas para os que vivem conflitos armados e guerras declaradas ou vitimas do terrorismo?
O problema é que este hormônio fundamental não pode ser conseguido de forma fácil, ele é produzido pelo hipotálamo. Ou seja, não é algo se possa se repor de forma mecânica. Mesmo os pesquisadores tem reclamado da dificuldade de se manipular tal hormônio tendo em vista sua fugacidade, ele degrada-se rapidamente a temperatura ambiente.
Então o neuro-economista Paul Zak mostrou que não apenas a mãe pode transmitir e estimular a produção da oxitocina pelo leite materno mas que determinadas ações estimulam o hipotálamo produzindo o hormônio que já tem se conhecido como o hormônio do amor, e pasmem, dentre as diversas ações humanas, o abraço é que mais estimula o cérebro na produção da oxitocina.
Daí logo, outros cientistas calcularam que podemos ser mais felizes se dermos 8 abraços por dia!
Não é de se admirar, pois o abraço, pode expressar: Amor, Amizade, Companheirismo, Proteção, Afeto, Segurança, Apoio, Conforto e outros sentimentos, que fazem com que, quem abraça, e quem é abraçado, se sinta muito melhor. O abraço estabelece uma ligação íntima e saudável entre as pessoas. É um gesto simples, porém carregado de sentimentos. Desde a infância aprendemos a abraçar, aqueles a quem amamos, para expressar nossos sentimentos. seja num momento de alegria ou de tristeza. Para quem passa por um momento difícil, receber um abraço é reconfortante, porque significa, apoio, atenção, consolo e solidariedade e tudo isto agora é comprovado cientificamente.
Por isto, abrace mais quem está a sua volta, abrace até quem você não conhece, pois daí nasce à empatia, afinal quem resiste a um abraço?
- Reflexão:
Você já deu um abraço hoje?
By Júlio César Medeiros
http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/751/608
Gn.29.13; 39.4;
http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/voce-conhece-a-oxitocina-o-hormonio-do-amor/
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3585234/
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