“Eu tenho a certeza que as escolas dominicais são, atualmente, a melhor instituição prática para controlar esses elementos indisciplinados e violentos da sociedade e providenciar-lhes uma educação básica.” –
(Robert Raikes em audiência com a Rainha Carlota da Inglaterra)
Quando comemoramos o dia da Escola Dominical (3° domingo de setembro), normalmente nos lembramos do seu fundador, Sr. Robert Raikes (1736-1811), um jornalista que no ano de 1780, em Gloucester, na Inglaterra, iniciou um trabalho de educação cristã ministrado às crianças que não frequentavam a escola. A este homem sem dúvida alguma, devemos o início sistemático desta escola tão singular, que se espalhou rapidamente por toda a Inglaterra, que contou com o entusiasmo e apoio de inumeráveis pessoas, tais como, John Wesley (1703-1791) e William Fox. Em 1788 a Escola Dominical já possuía, só na Inglaterra, mais de 250 mil alunos matriculados.

O CONTEXTO SOCIAL
Na Inglaterra, se deu o início da Revolução Industrial que ocorreu pelo desenvolvimento da máquina a vapor, que aproveitava o vapor da água aquecida pelo carvão para produzir energia e revertê-la em força para mover as máquinas. Com o tempo e à medida que os grandes capitalistas foram enriquecendo, o lucro de suas indústrias começou a ser revertido em investimento para o desenvolvimento das estradas de ferro, aumentando cada vez mais o abismo social entre ricos e pobres.
A pobreza aumentou e o nível da criminalidade explodiu. Foi neste mundo violento por causa exploração e da criminalidade em que muitos se encontravam, sobretudo as crianças, que Robert Raikes viveu em sua época.
A AÇÃO DE UM HOMEM
Sentado a sua mesa, e meditando sobre esta situação, um plano nasceu mente de Raikes. Ele resolveu fazer algo para as crianças pobres, que pudesse mudar seu viver, e garantir-lhes um futuro melhor. Pondo de lado um editorial sobre reformas nas prisões que ele preparava, ele começou a escrever sobre as crianças pobres que trabalhavam nas fábricas, sem oportunidade para estudar e se preparar para uma vida melhor. Quanto mais ele escrevia, mais sentia-se empolgado com seu plano de ajudar as crianças.
Raikes juntou as crianças que perambulavam pelas praças e reuni-as em sua casa, além disto, contratou professoras do seu próprio bolso para ensinar a estas crianças as três matérias que julgava básicas: Inglês, Matemática e a Bíblia Sagrada.

Sim, a Escola Dominical nascia de um problema social.
A ESCOLA BÍBLICA NO BRASIL
Em 29 de abril de 1836, portanto, no período histórico do Brasil Império, desembarcou no Porto do Rio de Janeiro, vindo de New York, Estados Unidos, Justin Spaulding, um missionário metodista que veio ao Brasil acompanhado de sua esposa, filho e empregada (Seixas, 2011). Uma vez instalado, tratou de implantar uma Escola Dominical, fato que 3 meses depois, comunicou, em carta datada de 05/05/1836, à Sociedade Missionária da Igreja Metodista Episcopal (IME), a implantação da EBD e os sucessos alcançados e que para isto teve que alugar um salão para acomodar os presentes.
Nela, Justin Spauding reclamava também da mentalidade do governo, da população, que segundo ele, tinha a mente “atrasada” e a escravidão, que dificultava o crescimento social e moral dos brasileiros. Cabe lembrar que, muitos destes primeiros missionários, batistas metodistas e anglicanos não se posicionaram contra a escravidão não lutando para transformar as estruturas sociais excludentes e, muitas vezes racistas. De fato, muitos missionários batistas que viriam mais tarde eram provenientes da Guerra de Secessão (1861-1865), nos EUA, e possuíam o sonho de construir aqui a “Nova Canaã dos confederados derrotados” no Sul (Seixas, 2011.64).
O trabalho missionário de Justin Spauding foi encerrado em 1841 por falta de apoio de missionários e a crise econômica enfrentada pelos Estados Unidos, desde 1837.
Em 1855, o trabalho de Escola Dominical é retomado no Brasil desta vez pelo médico e Rev. Robert Reid Kalley, escocês, nascido em 1809, que era de origem presbiteriana (foi batizado na Igreja Livre da Escócia, organizada por John Knox em 1560).
O jovem casal de missionários escoceses, Robert e Sarah Kalley, chegou ao Brasil naquele ano, e logo instalou uma escola para ensinar a Bíblia para as crianças e jovens daquela região. A primeira aula foi realizada no domingo, 19 de agosto de 1855. Somente cinco participaram, mas Sarah, contente com “pequenos começos” contou a história de Jonas, mais com gestos, do que palavras, porque estava só começando a aprender o português. Mas, ela viu tantas crianças pelas ruas, e seu coração almejava ganhá-las para Jesus. A semente do Evangelho foi plantada em solo fértil.

(Texto extraído do Manual da Escola Dominical: A maior escola de todos os tempos, de autoria de Júlio César Medeiros e Reinaldo Silva.
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boa noite pastor e professor eu gosto muito dos seus áudios que tá me ajudando bastante a respeito da escola bíblica dominical é a nossa escola aqui em São Paulo ou é de sexta-feira é dia de sexta e Taciano de ajuda muito grande para escola bíblica porque nós aprende mas estuda e ver que tá dando resultado Deus abençoe suas vidas
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Muito Grato, fico feliz em ter o seu apoio e saber que tenho sido bênção para a sua vida. Muito Obrigado!
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Excelente contribuição, professor e pastor!!! Deus continue o abençoando e usando no ensino e que a doutrina da Palavra continue lhe direcionando.
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Muito bom mesmo esses acréscimos de conhecimento e sabedoria que recebemos,é suma importância para nós,o meu muito obrigado 🙌🙏🙏
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Grato pelo carinho!
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