
Sou poeta e quando vou
caminhando pela rua
reconheço a poesia
quando se revela nua
na folha que cai no chão
ou nas nuvens que estão
cobrindo a face da lua
Porque existe poesia
até nas coisas singelas
Mesmo estrelas sem nome
formam imagens tão belas
e as flores sem olor
também mostram o candor
do orvalho descendo nelas
Sou poeta e vejo a beleza
no rio embaixo da ponte
Na aragem sobre o vale
e na alva atrás do monte
quando cobre vagarosa
com sua neblina rosa
toda linha do horizonte
Na aranha quando trama
o mais perfeito crochê
Na abelha que circunda
a flor roxa do ipê
Nos campos onde também
nascem hortências que tem
o formato de um buquê
Sou poeta e me inspiro
na notícia dos jornais
Em sua própria história
Nos temas sentimentais
No teor de outros versos
e em assuntos diversos
que pareçam triviais
O que me leva a ser poeta
é saber o significado
que eu deixo ao leitor
para ser interpretado
Nas poesias que lavro
sempre uso a palavra
com sentido figurado
Sou poeta que versejo
pelo dom favorecido
poesia é minha adega
e meu verso consumido
como um vinho ou ou licor
que não perde o sabor
depois de envelhecido
Por vezes sou artesão
que até por encomenda
com as linhas do estilo
um bordado ou uma renda
vou tramando com empenho
pra fazer o meu desenho
ser melhor que a emenda
Também sou o garimpeiro
buscando a inspiração
na jazida do talento
e se encontro um filão
lapido para o leitor
avaliar o valor
na devida exposição
E quando eu me apresento
no palco da analogia
e consigo transformar
palavras em melodia
com a batuta do estro
Sou poeta, sou maestro
da mais linda sinfonia
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