Introdução
Nas profecias de Daniel, percebemos que o Messias estabeleceria o Reino que jamais teria fim, porém é nos Evangelhos que vemos Jesus implantando o Seu Reino e estabelecendo Suas verdades no coração do homem
1 – DANIEL E A VISÃO DO REINO ETERNO
Neste tópico, é abordado o sonho de Nabucodonosor e a sua referencia ao Reino do Messias que ainda havia de vir.
Vamos saber mais sobre este sonho?
No segundo ano de reinado, o rei da Babilônia teve um sonho que lhe deixou bastante perturbado (Dn 2). Ao perder o sono, o rei convocou os magos, encantadores, feiticeiros e caldeus para que pudessem lhe revelar não apenas o significado do sonho, mas também seu conteúdo, visto que possivelmente ele não se lembrava dos detalhes do sonho.
O fato de não se lembrar de um sonho que o fez perder o sono perturbou ainda mais o rei, pois conforme já foi dito, era costume daquele povo entender que os sonhos eram mensagens dos deuses e, caso a pessoa não conseguisse se lembrar do sonho que tivera, era entendido que isso se tratava de um sinal de que a divindade estava irada com ela.
Nabucodonosor sonhou com uma grande e esplendorosa estátua que estava em pé diante dele. A cabeça da estátua era de ouro, o tórax e os braços eram de prata, o ventre e os quadris de bronze, as pernas eram de ferro e os pés eram de uma mistura de ferro com barro.
De repente uma pedra se soltou sem o auxílio de mãos humanas e atingiu os pés de ferros e barro da estátua e os destruiu. Então todo o restante da estátua também foi despedaçado e virou pó que foi levado pelo vento. Todavia, a pedra que atingiu a estátua tornou-se uma montanha que cobriu toda a terra (Dn 2:31-35).
A interpretação do sonho mostra que a estátua representava a sucessão de governos mundiais. Analisando da cabeça para os pés da imagem, nota-se nitidamente uma diminuição de valor dos materiais. Também é possível perceber que a estátua possuía um corpo pesado e maciço, enquanto tinha pés frágeis.
Cada parte do corpo da estátua formada por um material diferente simbolizava um reino. A identificação destes reinos também fica mais clara quando consideramos as visões de Daniel registradas nos capítulos 7 e 8.
- A cabeça de ouro: representava o Império Babilônico de Nabucodonosor (626-539 a.C.), que com toda majestade governa sobre as nações conforme Deus havia permitido (Dn 2:38).
- O tórax e os braços de ferro: representava o Império Medo-Persa (539-330 a.C.) que, comandado por Ciro, subjugou a Babilônia durante o reinado de Belsazar (Dn 5).
- O ventre e quadris de bronze: representava o Império Grego (330-63 a.C.) que conquistou o Império Persa com Alexandre o Grande. O Império Grego se expandiu rapidamente até se fragmentar após a morte de Alexandre.
- Pernas de ferro e pés de ferro e barro: representava o Império Romano (63 a.C. em diante). O fato de ser simbolizado por pernas de ferro e depois por pés feitos de uma mistura de ferro e barro, talvez aponte para duas fases distintas do Império Romano, que no começo era sólido, mas, depois, devido a conflitos e conspirações internas começou a ruir.
Como foi dito, esses impérios também são citados de forma mais detalhada nas visões do profeta Daniel registradas nos capítulos 7 e 8.Assim, podemos dizer que o grande objetivo do sonho de Nabucodonosor foi mostrar que por mais que o rei da Babilônia parecesse invencível e poderoso, Deus era quem estava dirigindo a História para que Seu reino eterno fosse estabelecido.
2 – O REINO DE DEUS ESTÁ ENTRE VÓS
Neste tópico é abordado sobre o Reino dos céus
A frase “o Reino de Deus está dentro de vós” significa que o governo de Deus na presente Era é essencialmente espiritual. Essa declaração de Jesus ensina que em seu estágio presente, o Reino de Deus se encontra naquele coração que reconhece verdadeiramente Deus como Rei e Senhor.
Jesus disse que “o Reino de Deus está dentro de vós” quando foi questionado pelos fariseus sobre quando o Reino de Deus haveria de vir (Lucas 17:20,21). Aqui vale lembrar que os fariseus, em sua maioria, eram opositores declarados do Senhor Jesus. Por isso muitos estudiosos acreditam que a pergunta feita por eles tinha um tom de zombaria. Jesus era muito diferente do tipo de messias que eles esperavam. Por isso eles se empenhavam em tentar expô-lo com a intenção de desmascará-lo como um falsário.
Atenção!
O Reino de Deus não vem com visível aparência
Diante da pergunta dos fariseus sobre a vinda do Reino do Deus, Jesus respondeu que o Reino não vem com uma exibição externa. Os judeus esperavam a chegada de um reino terreno e visível, liderado por um messias conquistador. Eles esperavam que na implantação desse reino exterior, o tipo de messias que eles aguardavam haveria de libertar a nação da opressão estrangeira e constituí-la numa posição muito proeminente no mundo.
Nos tempos de Jesus, a vinda desse reino já era um desejo antigo por parte dos judeus. Eles realmente esperavam por isso ansiosamente. Então a pergunta acerca de quando o Reino de Deus era legítima. De fato eles tinham grande interesse em saber sobre isso.
Como foi dito, os judeus esperavam um reino que chegaria de forma estrondosa. Eles aguardavam um grande cerimonial que iria apresentar ao mundo o reino no qual eles teria participação proeminente. Mas Jesus aponta para o outro lado dizendo que o verdadeiro Reino de Deus estava se manifestando de forma silenciosa, misteriosa e até invisível aos olhos humanos.
Então o verdadeiro Reino em sua essência é de caráter espiritual. O Messias genuíno, o Rei prometido nas Escrituras, não veio cumprir a agenda dos homens; Ele veio cumprir o propósito soberano de Deus. J. MacArthur diz que Jesus veio inaugurar uma era na qual o Reino seria manifesto no reinado de Deus no coração dos homens por meio da fé no Salvador.
O Reino de Deus não estaria restrito a limites geográficos, ou preso à certa etnia; ele cresceria por toda terra, e reuniria entre os seus cidadãos pessoas de todos os povos, línguas e nações. Esse reino estaria em pleno desenvolvimento nos corações que reconhecem o senhorio de Cristo e se submetem à vontade de Deus. Por isso Jesus diz: “[…] o Reino está dentro de vocês”.
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3. A IMPLANTAÇÃO DO REINO ETERNO DE JESUS
Neste tópico é abordado sobre a implementação real do reino milenar de Jesus
O Milênio é um reino de mil anos descrito no capítulo 20 do livro do Apocalipse, a única passagem bíblica que fala explicitamente sobre um reino milenar. Sem dúvida, o Milênio é o tema mais debatido dentro da escatologia bíblica entre os cristãos.
As interpretações sobre o Milênio, ou o Reino Milenar mencionado nessa passagem, são tão divergentes que levaram à formação de pelo menos quatro posicionamentos principais acerca desse tema.
O Milênio será uma época de retidão e paz na Terra. O Senhor revelou que “nesse dia, a inimizade do homem e a inimizade das bestas, sim, a inimizade de toda carne terá fim” ver também Isaías 11:6–9). Satanás será “amarrado, para que não tenha lugar no coração dos filhos dos homens”ver também Apocalipse 20:1–3).
Os membros da Igreja também participarão do trabalho do templo durante o Milênio. Os santos continuarão a construir templos e a receber ordenanças em favor de seus parentes falecidos. Guiados por revelação, eles vão preparar os registros de seus antepassados, até a época de Adão e Eva.
Haverá plena retidão e paz até o final dos mil anos, quando Satanás “será solto por algum tempo a fim de reunir seus exércitos”. Os exércitos de Satanás lutarão contra as hostes do céu. Satanás e seus seguidores serão derrotados e expulsos para sempre.
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