DIA INTERNACIONAL DA MULHER: REFLEXÃO, LUTA E FÉ

Introdução:
O dia Internacional da Mulher é uma data importante para reconhecer a luta das mulheres por igualdade de direitos e valorização em todas as esferas da vida. Neste contexto, é interessante olharmos para a Bíblia e vermos a relevância da mulher na história do cristianismo. É uma oportunidade para refletir sobre o valor que a mulher tem na sociedade e na igreja atualmente.

Desenvolvimento:
A Bíblia apresenta diversas personagens femininas que tiveram papel importante na história do povo de Deus. Desde as matriarcas como Sara, Rebeca e Raquel, passando por Débora, a única juíza de Israel, até as profetisas como Miriã, Ana e Hulda. Todas essas mulheres foram usadas por Deus para cumprir seus propósitos, demonstrando a importância da mulher na história da salvação.

As mulheres citadas na Bíblia tiveram um papel importante na história do povo de Deus, cada uma delas contribuiu de maneira única para o cumprimento dos propósitos divinos.

Os problemas que a mulher enfrenta na sociedade atual

om base em dados e informações disponíveis até setembro de 2021, abaixo estão alguns dos principais problemas que as mulheres enfrentam na sociedade brasileira em relação ao emprego, baixos salários, violência e feminicídio:

Violência: As mulheres enfrentam altos índices de violência no Brasil, incluindo violência doméstica, estupro, assédio sexual e feminicídio. De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2020, foram registrados 105.821 casos de violência doméstica no país. Além disso, a pesquisa “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil” do Datafolha revelou que 37% das mulheres já sofreram algum tipo de violência sexual ao longo da vida.

Feminicídio: O feminicídio é a forma mais grave de violência contra as mulheres e consiste no assassinato de mulheres por razões de gênero. De acordo com o Observatório da Mulher contra a Violência, em 2020, foram registrados 1.350 casos de feminicídio no Brasil, um aumento de 2,2% em relação ao ano anterior.

Esses são apenas alguns dos problemas que as mulheres enfrentam na sociedade brasileira. Por isto É importante que haja políticas públicas que promovam a igualdade de gênero e o combate à violência contra as mulheres, assim como a conscientização da sociedade como um todo sobre a importância da igualdade de direitos e oportunidades para todos.

As mulheres no Antigo Testamento

Sara, Rebeca e Raquel foram matriarcas importantes da nação de Israel. Elas enfrentaram desafios como a esterilidade, a poligamia e as rivalidades familiares, mas foram mulheres de fé e perseverança, que confiaram nas promessas de Deus. Sara, por exemplo, teve um filho na velhice, Isaac, que se tornou o pai de Jacó e, consequentemente, de todo o povo de Israel.

Débora, a única juíza de Israel, foi uma líder corajosa que exerceu o papel de governante, profetisa e estrategista militar. Ela enfrentou a oposição dos líderes políticos e militares da época, mas foi usada por Deus para liderar Israel à vitória contra o inimigo.

Miriã foi uma das irmãs de Moisés, que liderou os filhos de Israel em cânticos de louvor após a travessia do Mar Vermelho. Ela também exerceu o papel de profetisa e ajudou Moisés em sua liderança.

Ana foi uma mulher de oração, que pediu a Deus um filho e prometeu dedicá-lo ao serviço do Senhor. Ela enfrentou a esterilidade e a humilhação por parte da esposa de seu marido, mas foi perseverante em suas orações e, por fim, teve um filho, Samuel, que se tornou um grande profeta de Israel.

Hulda foi uma profetisa que viveu durante o reinado de Josias, um rei de Judá que buscou restaurar a adoração ao Deus verdadeiro. Hulda foi consultada por Josias para interpretar as Escrituras e confirmou que as palavras do Senhor se cumpririam, trazendo esperança para o povo.

Essas mulheres enfrentaram desafios diversos, desde a esterilidade até a oposição política e militar, mas todas elas confiaram em Deus e foram usadas por ele para cumprir seus propósitos. Suas histórias nos inspiram a perseverar em fé, mesmo diante das dificuldades, e a confiar que Deus pode usar qualquer pessoa, independente do gênero, para realizar seus planos.

O papel das mulheres no Novo Testamento

No Novo Testamento, há também diversas mulheres que tiveram um papel importante na história do cristianismo. Algumas delas são:

Maria, mãe de Jesus, foi uma jovem escolhida por Deus para dar à luz o Salvador. Ela enfrentou o desafio de ser uma mãe solteira em uma sociedade que desaprovava a gravidez fora do casamento. Maria foi uma mulher de fé e humildade, que aceitou o plano de Deus para sua vida e confiou em suas promessas.

Maria Madalena foi uma das discípulas de Jesus e testemunhou sua crucificação e ressurreição. Ela foi uma mulher que enfrentou a rejeição e o preconceito por sua condição de pecadora e depois por um processo de apagamento de sua memória que levou lhe rendeu a má fama de prostituta, sem que nada disto tivesse comprovação bíblica, pelo contrário, diversos históriadores tem mostrado que Maria Madalena foi uma grande discípula de Jesus, mas encontrou em Jesus um amor que transformou sua vida. Maria Madalena foi a primeira a ver o Cristo ressuscitado e foi enviada por Jesus para anunciar a boa nova aos discípulos.

Lídia era uma comerciante de púrpura, que se tornou uma das primeiras convertidas em Filipos. Ela abriu sua casa para os apóstolos e ofereceu hospitalidade e apoio à igreja. Lídia enfrentou o desafio de ser uma mulher empreendedora em um mundo dominado por homens, mas foi usada por Deus para estabelecer a igreja em sua cidade.

Priscila era uma cristã que trabalhava com seu marido, Áquila, na fabricação de tendas. Ela era uma líder ativa na igreja primitiva, ajudando a instruir Apolo em sua pregação. Priscila enfrentou o desafio de ser uma mulher em uma sociedade patriarcal, mas demonstrou ser uma mulher de grande sabedoria e habilidade.

Essas mulheres enfrentaram desafios diversos, desde o preconceito social até o desafio de liderar e ensinar em uma igreja primitiva. Todas elas foram mulheres de grande fé e coragem, que confiaram em Deus e foram usadas por ele para cumprir seus propósitos. Suas histórias nos inspiram a lutar por igualdade de gênero e a valorizar o papel das mulheres na igreja e na sociedade.

Qual é o papel da Igreja diante deste desafios

Na sociedade atual, a mulher ainda enfrenta desafios e discriminações, tanto no âmbito profissional quanto pessoal. Infelizmente, ainda há desigualdade salarial, violência doméstica, assédio sexual, entre outras situações que diminuem a mulher. Isso mostra que a luta pela igualdade de gênero ainda é necessária.

Contudo,

A igreja pode ter um papel importante na resolução desses problemas enfrentados pelas mulheres na sociedade brasileira. Algumas possíveis ações que a igreja pode tomar incluem:

  1. Educação: A igreja pode promover a educação e conscientização sobre questões de gênero e violência contra as mulheres, tanto para membros da igreja quanto para a comunidade em geral. Isso pode envolver a realização de palestras, seminários, workshops e campanhas de conscientização sobre temas como a igualdade de gênero, os direitos das mulheres e a prevenção da violência contra as mulheres.
  2. Acolhimento e apoio: A igreja pode fornecer um ambiente acolhedor e seguro para mulheres que sofreram violência doméstica ou abuso. Isso pode envolver a criação de grupos de apoio, aconselhamento pastoral e o fornecimento de recursos e informações úteis sobre como denunciar a violência e buscar ajuda.
  3. Liderança: A igreja pode promover a liderança feminina e a igualdade de gênero em suas próprias estruturas e comunidades.

A igreja tem um papel importante na valorização da mulher. É necessário que a igreja promova uma cultura de igualdade e justiça de gênero, quebrando preconceitos e estereótipos que diminuem a mulher. A igreja deve proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para que as mulheres possam exercer seus dons e talentos, sem discriminação.

Conclusão:

O Dia Internacional da Mulher é um momento de reflexão e ação.

(Júlio César Medeiros)

É uma oportunidade para olharmos para o passado e vermos a relevância da mulher na história da salvação. Também é um momento para olharmos para o presente e reconhecermos que ainda há muito a ser feito para valorizar a mulher na sociedade e na igreja. Que possamos trabalhar juntos para promover uma cultura de igualdade e justiça de gênero, onde a mulher seja valorizada e respeitada em todas as esferas da vida.

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Quem foi o Rei Zedequias

O rei Zedequias foi o último rei de Judá entre 597 e 586 a.C. Zedequias era filho do rei Josias, e foi o terceiro entre seus irmãos a sentar-se no trono. Antes dele, seus irmãos mais velhos Jeoazaz e Jeoaquim já tinham governado Judá.

Entre o reinado de Jeoaquim (609 – 598 a.C.) e de Zedequias, seu sobrinho, Joaquim, reinou em Judá por três meses, antes de ser deposto e levado juntamente com os membros de sua casa e seus oficias para a Babilônia.

Após depor Joaquim, o rei Nabucodonosor estabeleceu Matanias como rei em Judá, e lhe mudou o nome de Matanias, que significa “dom de Javé”, para Zedequias, que significa “justiça de Javé” (2Rs 24:17). Como os homens mais valorosos de Jerusalém tinham sido levados para o cativeiro babilônico, o rei Zedequias tornou-se rei do remanescente que ficou.

SEU REINADO

Os relatos sobre os onze anos de reinado de Zedequias estão registrados em 2 Reis 24:18-25:26; 2 Crônicas 36 e em várias passagens do livro de Jeremias, como nos capítulos 29, 34 e 52.

Logo que começou a reinar, Zedequias parecia estar disposto a obedecer a Lei e seguir os conselhos do profeta Jeremias, especialmente sobre as políticas estrangeiras, tanto que ele enviou um tipo de comitiva diplomática à Babilônia para instruir os judeus que lá estavam a viverem de uma forma harmoniosa (Jr 29).

Apesar de aparentemente o reino herdado por Zedequias parecer tranquilo, a situação era bem difícil de controlar. Com o tempo, a corte de Zedequias se revelou ser um centro de conspirações contra a Babilônia.

Além disso, no quarto ano de seu reinado, o rei Zedequias recebeu em Jerusalém a visita de representantes de Edom, Moabe, Amom, Tiro e Sidom para propor uma conspiração conjunta contra Nabucodonosor.

Na ocasião, o profeta Jeremias se opôs veementemente a esse plano, e exortou que Deus era quem havia entregado as nações a Nabucodonosor, e qualquer um que tentasse se rebelar a esse domínio pereceria. O profeta utilizou até um jugo de madeira sobre seus ombros para dramatizar sua mensagem.

Nesse cenário o rei Zedequias compareceu à Babilônia, talvez intimado por Nabucodonosor, mas ao que parece ele conseguiu desviar as suspeitas sobre a conspiração (Jr 51:59).

Finalmente, entre o sétimo e oitavo ano de seu reinado, o rei Zedequias se aliou ao Egito, e essa aliança foi entendida como completamente desleal por Nabucodonosor, e o resultado foi a invasão da Palestina e o cerco de Jerusalém (Jr 34; 37; Ez 17).

Enquanto Jerusalém estava cercada, Jeremias foi muito claro ao dizer que a única possibilidade seria a rendição aos babilônios, pois Jerusalém deveria cair sob o domínio do rei Nabucodonosor.

Apesar dos babilônios terem tido alguma dificuldade durante um tempo por conta das ameaças dos egípcios sob o comando do Faraó Hofra que possivelmente pretendia ajudar a cidade sitiada, Nabucodonosor não desistiu do cerco de Jerusalém.

A cidade que era bem fortificada conseguiu resistir por aproximadamente um ano e meio. Durante esse período a população sofreu com a grande fome que se instalou e as pestes que surgiram devido à situação precária do momento.

A MORTE DE ZEDEQUIAS

Finalmente os babilônicos conseguiram abrir uma passagem no muro, e a cidade foi tomada. O rei Zedequias, percebendo que tudo estava perdido, tentou fugir para salvar sua própria vida, porém foi capturado pelos inimigos e conduzido até a presença de Nabucodonosor em Ribla.

O rei Zedequias foi sentenciado a ver seus filhos morrerem em sua frente, e depois teve seus olhos arrancados e foi levado acorrentado à Babilônia, onde permaneceu preso até sua morte.

Com isso, se cumpriram na íntegra as profecias sobre o último rei de Judá registradas em Jeremias 34 e Ezequiel 12.

Fonte: https://estiloadoracao.com/quem-foi-o-rei-zedequias-na-biblia/

A mensagem do profeta Ezequiel

Então ele me disse: “Profetize a estes ossos e diga-lhes: Ossos secos, ouçam a palavra do Senhor! Assim diz o Soberano, o Senhor, a estes ossos: Farei um espírito entrar em vocês, e vocês terão vida. Porei tendões em vocês e farei aparecer carne sobre vocês e os cobrirei com pele; porei um espírito em vocês, e vocês terão vida. Então vocês saberão que eu sou o Senhor.”

– Ezequiel 37:4-6

Ezequiel era um profeta judeu que morava na Babilônia. Certo dia, ele teve uma visão em que Deus o levou a um vale cheio de ossos muito secos. Então Deus lhe perguntou se era possível aqueles ossos voltarem à vida. Ezequiel não sabia a resposta, mas Deus ordenou que ele profetizasse vida sobre os ossos.

Obediente, Ezequiel profetizou sobre os ossos e uma coisa incrível aconteceu. Os ossos se juntaram e os músculos, os tendões e a pele voltaram a aparecer sobre eles! Já não eram só um monte de ossos. Eram corpos humanos, inteiros e restaurados.

Só havia um problema: não estavam vivos. Então Deus mandou Ezequiel profetizar outra vez sobre eles. Ezequiel obedeceu e os corpos receberam espírito e ficaram vivos. Agora à sua frente estava um grande exército de pé! O impossível tinha acontecido. O milagre estava completo.

Os ossos secos – a nação de Israel

Deus explicou a Ezequiel que os ossos secos representavam a nação de Israel. Depois de muitos anos de desobediência, Deus tinha castigado os israelitas, entregando-os nas mãos de seus inimigos. A cidade de Jerusalém tinha sido arrasada, o templo estava em ruínas e o povo tinha sido deportado para a Babilônia.

Tudo isso era fruto do pecado. O povo de Israel tinha abandonado a Deus para seguir falsos deuses e tinha se dedicado a praticar coisas que eram erradas. Como não se arrependeram, nem mudado de vida, receberam o castigo que mereciam. Agora, diante da devastação, eles reconheceram seus erros, mas perderam a esperança. A escravidão era sua nova realidade e eles se sentiam mortos, como ossos secos. Era o fim.

O grande propósito da mensagem profética do profeta Ezequiel era incentivar os judeus exilados a permanecerem fiéis a Deus, confiando que Ele iria cumprir a sua promessa de restauração. Deus haveria de conduzir a nação novamente à sua terra de origem. Ele traria novamente os tempos de glória para o Templo e para Jerusalém. Isso aconteceria após o fim do julgamento divino sobre os judeus. Esse julgamento era evidenciado pelas provações e destruições advindas pela ocasião do cativeiro.

O profeta Ezequiel anunciou o julgamento sobre Jerusalém (Ezequiel 1-24). Ele também anunciou o julgamento divino sobre as nações estrangeiras (Ezequiel 25-32). Também profetizou, após a destruição da cidade, a restauração e a misericórdia para o futuro. As profecias de Ezequiel sobre a restauração da casa de Davi são cumpridas plenamente apenas em Cristo (Ezequiel 37:24).

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A chamada do profeta Ezequiel

A chamada do profeta Ezequiel para exercer o ministério profético é uma das mais espetaculares registradas nas Escrituras. Esse chamamento é descrito em detalhes nos capítulos 1, 2 e 3 de seu livro. Nessa ocasião o profeta teve uma visão da glória divina.

Ezequiel, era um sacerdote que foi chamado para profetizar durante o Exílio do povo judeu na Babilônia, tendo exercido sua atividade entre os anos 593 a 571 AC. Diz-se que fundou uma escola de profetas e que ensinava a Lei à beira do Rio Quebar que corta a cidade de Babilônia.

Ezequiel foi deportado para Babilônia na segunda leva, em 597 a.C. quando foram levados 10.000 cativos, ele tinha cerca de 25 anos, era de família sacerdotal e estava se preparando para o trabalho sacerdotal no templo. Aos 30 anos, Ezequiel recebeu sua chamada profética da parte de Deus e a partir daí ministrou fielmente durante 22 anos.

Na época de Ezequiel, Jeremias estava profetizando em Jerusalém, Daniel na corte da Babilônia e Ezequiel  era profeta para os exilados judeus em Babilônia. Ele era tanto profeta como também sacerdote.

Ele era casado, mas sua esposa morreu no dia em Nabucodosonor começou seu cerco final contra Jerusalém, a data e maneira da sua morte, são desconhecidas.

Série Introdução e comentário – Ezequiel Capa comum –

Os quatros seres viventes, querubins, vistos pelo profeta Ezequiel na ocasião de sua convocação, também lembram o chamamento de Isaías, onde ele viu os serafins que ministravam diante de Deus (Isaías 6:2). Além disso, existe uma semelhança muito grande com a visão do trono de Deus  que o apóstolo João teve (Apocalipse 4:16).

Quando o profeta Ezequiel caiu com o rosto na terra diante da visão tão gloriosa que teve, ele escutou as conhecidas palavras: “Filho do homem, põe-te em pé e falarei contigo” (Ezequiel 2:1). Nesse momento ele foi capacitado pelo Espírito a tornar-se um canal da revelação divina e proclamar a Palavra de Deus ao povo.

O profeta Ezequiel frequentemente é chamado por Deus pela expressão “filho do homem”. Nesse contexto essa expressão significa basicamente “ser humano”, e enfatiza a insignificância humana diante do poder e da majestade de Deus.

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