Maria de Nazaré, a mulher que incendiou o nordeste com a chama do poder de Deus

A FUNDADORA DA ASSEMBLEIA DE DEUS NO CEARÁ | Conforme já visto, inicialmente o fogo do Pentecostes alcançou a irmã Celina Albuquerque dia 2 de junho de 1911. No mesmo dia a irmã Maria de Nazaré, que foi o segundo membro da igreja Batista de Belém do Pará, também foi batizada com o Espírito Santo. Esse fato motivou o desligamento de 19 irmãos da igreja batista, onde congregavam. Em virtude disso o irmão Henrique de Albuquerque e sua esposa Celina Albuquerque ofereceram a sala de sua casa, na Rua Siqueira Mendes, 67, bairro Cidade Velha, para que aqueles amados irmãos se reunissem. Nascia então a igreja Missão da Fé Apostólica no dia 18 de junho de 1911.

Irmã Maria de Nazaré

A mulher nordestina é por natureza forte e corajosa, e foi com este espírito que Maria de Jesus Nazaré Araújo, em junho de 1914, encorajada pela graça de Deus embarcou sozinha em um navio rumo ao seu torrão natal, à cidade de São Francisco de Uruburetama, atual Itapajé, no Estado do Ceará.

Ao chegar à cidade de Fortaleza, a pioneira cearense precisou viajar três dias montada em um animal de carga até a residência dos seus familiares no Sítio Paudólio, no município de Itapajé.

O contato inicial da irmã Maria de Nazaré com os seus parentes não foi como desejado. Em razão da sua fé, sofreu hostilidades, a ponto de ser rudemente maltratada, ter sua Bíblia jogada no chão e ser expulsa.

Sem destino, a pioneira ouviu que alguém sussurrou:

“ – Vá para o Sítio Santana. É lá que moram os protestantes”.

No Sítio Santana, Deus cumpriu integralmente tudo que havia falado ao coração da sua serva Nazaré. Raimundo de Salles Gomes e seu genro Vicente de Salles Bastos, que dirigiam uma congregação Presbiteriana Independente, acolheram a missionária e ainda creram na mensagem do batismo com o Espírito Santo, tornando-se pentecostais.

Em seguida, Maria de Nazaré e alguns irmãos desceram à Fazenda Lagoinha, um percurso de 21 quilômetros, e encontraram Cordulino Teixeira Bastos e Luiz Gonzaga Bastos, que dirigiam a segunda congregação Presbiteriana Independente. Eles também aceitaram à mensagem pentecostal.

Do centro da vila (atual Itapajé) a irmã Nazaré enviou um telegrama à igreja em Belém, relatando as boas novas do Evangelho ocorridas em sua terra natal. Empolgado com as notícias recebidas, Gunnar Vingren enviou o Pastor Adriano Nobre – Cearense, nascido na cidade de Pacatuba – para estabelecer os fundamentos do Movimento Pentecostal em solo cearense, ato que ele realizou com um culto no dia 20 de julho de 1914 na Fazenda Lagoinha. Esta data, desde então, foi oficializada como a data de fundação das Assembleias de Deus no Estado do Ceará. Este memorável culto foi marcado por muitas conversões ao Evangelho e pela manifestação do poder pentecostal.

A vida de Adriano Nobre como primeiro pastor da Assembleia de Deus no Ceará não foi fácil. Perseguido e preso na cadeia pública por dois dias foi escoltado, a mando do intendente Josué Teixeira Bastos, até o porto de Fortaleza e proibido de retornar a Itapajé para que a sua vida fosse preservada.

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